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por Equipe do Observatório

Queda de juros no consignado do INSS não deve estimular muito o consumo

O Governo Federal reduziu o teto de juros para empréstimos consignados a beneficiários do INSS para 1,84%. Se trata de uma modalidade de empréstimo pessoal em que as parcelas são descontadas na folha de pagamento e a diminuição foi aprovada pelo Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS). O teto anterior era de 1,91%.

A proposta foi feita pelo próprio Governo Federal após a redução de 0,5% da taxa de juros, para 12,75%. O valor máximo para o empréstimo é de 45% da renda e a quantidade limite de parcelas é de 84 meses.

“Sempre devemos alertar para a qualidade da dívida, ou seja, a dívida tem que ser feita com algo que faça impacto na qualidade de vida da pessoa, e não com algo supérfluo”

A perspectiva do governo com a diminuição seria a de, ao mesmo tempo tentar reduzir a inadimplência e estimular o consumo, mas o economista Luiz Ongaratto avalia que não é bem assim. “Toda redução de juros é positiva, pois o custo de qualquer endividamento fica menor. Na prática não deverá estimular tanto o consumo, mas as possíveis quedas sequenciais no longo prazo podem ser benéficas”, disse.

Ou seja, caso a os juros continuem caindo, pode ser que este tipo de empréstimo se torne mais atrativo, o que preocupa o economista, pode pode estimular um endividamento sem fazer um efeito positivo na vida cotidiana dos pensionistas.

“Sempre devemos alertar para a qualidade da dívida, ou seja, a dívida tem que ser feita com algo que faça impacto na qualidade de vida da pessoa, e não com algo supérfluo”, salientou Ongaratto.