O consumidor goiano está dividido entre fazer comprar neste fim de ano, especialmente na Black Friday, e quitar dívidas. Segundo levantamento da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Goiânia, 61,6% dos goianienses querem fazer compras na Black Friday. Além disso, 40,8% informaram que pretendem gastar mais do que em 2022. No Brasil no ano passado, segundo o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), o comércio eletrônico cresceu 16,3%, a venda nas lojas físicas cresceu 4,5% e as vendas gerais cresceram 5,5%.
Ao mesmo tempo, o número de consumidores goianos com dívidas atrasadas caiu 0,48% na passagem de setembro para outubro de 2023, segundo informação da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Goiás (FCDL-GO). A maior parte destes endividados (36,95%) têm dívidas vencidas entre um e três anos.
“É fundamental que os consumidores façam escolhas financeiras informadas, priorizando o pagamento de dívidas para evitar agravar a situação de inadimplência”
“Este cenário levanta uma questão crucial: por que isso acontece e como as pessoas podem equilibrar dívidas com o desejo de aproveitar promoções, especialmente com o 13º salário disponível?”, comenta o economista Diego Dias.
Bancos continuam sendo os maiores credores das dívidas dos goianos negativados (58,30%), seguidos pelas lojas do comércio (15,27%). Ao mesmo tempo, 70,6%, segundo a CDL, dos consumidores querem usar o cartão de crédito como forma de pagamento nesta Black Friday.
“Estas características podem ser atribuídas a uma variedade de fatores, incluindo o legado econômico deixado pela pandemia e o aumento dos custos de vida. No entanto, a proximidade do pagamento do 13º salário parece estar incentivando um otimismo cauteloso entre os consumidores”, comenta Dias. “É fundamental que os consumidores façam escolhas financeiras informadas, priorizando o pagamento de dívidas para evitar agravar a situação de inadimplência. A liberação do 13º salário oferece uma oportunidade de ouro para liquidar ou reduzir significativamente as dívidas existentes, melhorando assim a saúde financeira a longo prazo”, completo.
Os produtos mais procurados são eletrônicos (41,6%) seguidos por roupas (34,9%) e calçados (12,7%). No recorte por gênero, os homens preferem os eletrônicos (57,7%) e as mulheres, roupas (46%). “Neste contexto, é essencial que os consumidores planejem cuidadosamente seus gastos, reservando uma parte do 13º para pagamento de dívidas e limitando as compras na Black Friday a um orçamento pré-definido”, sugere Dias.