Segundo dados do Novo Caged divulgados no dia 28 de novembro, Goiás consolidou 74,4 mil empregos formais de janeiro a outubro de 2023, com saldo positivo de 683 empregos considerando as 73,8 mil demissões nomesmo período. No Brasil, foram gerados 190 mil empregos em outubro de 2023.
Em Goiás, os novos postos foram ocupados principalmente por mulheres (+1.082) com Ensino Médio completo (+2.002) e jovens entre 18 e 24 anos. Morrinhos foi o município responsável pelo maior saldo de empregos formais: 1.888 vagas geradas, seguido por Formosa (689), Aparecida de Goiânia (688), Anápolis (621) e Goiânia (486).
” O Brasil não gerou empregos de grande complexidade técnica e com altos salários. Por isso, nosso rendimento médio cai ao longo do tempo”
Os dois setores que mais contrataram foram o de comércio (1.316) e o de serviços (956), mas teve redução na indústria (-321), agropecúaria (-426) e construção (-843). O economista Felipe Cordeiro aponta que, apesar do saldo positivo, os dados revelam que as caraterísticas dos empregos gerados estão concentrados em baixa qualificação.
“A maioria dos empregados são jovens com Ensino Médio, ou seja, empregos de baixa complexidade e baixos salários. O Brasil não gerou empregos de grande complexidade técnica e com altos salários. Por isso, nosso rendimento médio cai ao longo do tempo”, avalia. “Nós pagamos as contas, mas não crescemos”, completa.
No Brasil, são mais de 30 mil empregos a mais do que os gerados em outubro de 2022. Desde o início do ano, o país acumula saldo de quase 1,8 milhão de empregos formais. A variação em dez meses é positiva nos cinco grandes setores da economia e nas 27 unidades da Federação.
Os dados do Novo Caged indicam que o número de brasileiros que estavam trabalhando com carteira assinada em outubro de 2023 chegou a 44,22 milhões, o maior já registrado na série histórica levando em conta tanto o período do Caged (junho de 2002 a 2019) e do Novo Caged (a partir de 2020).