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por Equipe do Observatório

Renda per capita dos goianos continua acima da média nacional

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a massa de rendimento mensal domiciliar per capita de 2023 e Goiás registrou a 8ª maior renda no ano passado, ficando em R$ 1973, acima da média nacional que foi de R$ 1848. A pesquisa revela que Goiás é o nono Estado referente ao rendimento médio mensal real da população residente, com o valor de R$ 2.960. A média nacional é de R$ 2.846.

Outro dado interessante foi que Goiás ficou abaixo da média nacional em domicílios atendidos pelo Bolsa Família, o que significa que as famílias goianas possuem maior autonomia em sua fonte de renda. Cerca de 12% dos domicílios goianos recebem o benefício contra 19% da média nacional.

Goiás apresentou a menor taxa de extrema pobreza, com apenas 0,8% da população nessa faixa, enquanto a média nacional foi de 1,7%. A taxa de pobreza também ficou abaixo da média nacional: 1,3% no estado contra 4,5% no Brasil.

“Goiás desponta como um estado com uma renda acima da média e isso é muito reflexo da própria configuração econômica do estado”

O economista Luiz Ongaratto destaca que os dados apontam que a renda retornou aos patamares pré-pandemia, encerrando esse ciclo, e mantendo a tendência de crescimento.

“Outro ponto importante é que o aumento da renda vai acompanhar o índice de desemprego, que está caindo. Mais pessoas empregadas, a renda média sobe, porque as famílias têm mais gente trabalhando, o mercado de trabalho está mais aquecido e o trabalhador está recebendo uma média maior de salários”, resume.

Um dado interessante sobre isso é em relação à fonte de renda. O IBGE divulgou estes dados referente a regiões. No Centro-Oeste, 79% da renda das famílias tem o trabalho como fonte em oposição a benefícios, pensões, heranças e aposentadorias. Assim, Goiás acaba sendo menos dependente de benefícios sociais com bons resultados na geração de emprego e renda.

“Goiás desponta como um estado com uma renda acima da média e isso é muito reflexo da própria configuração econômica do estado, com o agronegócio, os serviços, e a logística, setores que estão mais em alta na economia. Tudo isso é uma conjuntura de fatores que levaram a esse resultado na pesquisa”, conclui.