O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados do módulo Segurança Alimentar da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua referentes ao último trimestre de 2023. A pesquisa revelou que, em Goiás, 75,7% dos domicílios particulares permanentes estão em segurança alimentar, acima da média nacional que foi de 72,4%.
O número revelou uma melhora significativa no espaço de um ano em Goiás. Em 2022, 45,2% dos domicílios estavam em segurança alimentar, ou seja, houve um avanço de 30,5 pontos percentuais em 2023. O estado ficou exatamente com a mesma média da região Centro-Oeste.
“A renda média das famílias aumentou fator que contribui para a melhoria expressiva do indicador de segurança alimentar”
Em Goiás, 16,9% dos domicílios apresentaram insegurança alimentar leve e e 3,7% apresentaram insegurança alimentar moderada. Da mesma forma, apenas 3,7% dos domicílios goianos registraram insegurança alimentar grave.
“Essa grande diferença pode ser explicada por alguns fatores: em 2022 a economia ainda sofria influência dos efeitos da pandemia e em 2023 houve um crescimento do PIB acima das primeiras previsões. Eles se somam para compor essa grande diferença de um ano para o outro”, avalia o economista Felipe Cordeiro.
Nesse período, Goiás também bateu recorde de pessoas ocupadas, chegando a 3,8 milhões. O economista avalia que mais pessoas empregadas geram mais renda, o que contribui para a melhora da qualidade de vida: “de 2022 para 2023, a renda média das famílias aumentou cerca de 8,5%, outro fator que contribui para a melhoria expressiva do indicador de segurança alimentar”.
Ele também salienta o retorno de programas sociais a nível nacional, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), cujo orçamento saltou de R$ 250 milhões em 2022 para R$ 900 milhões em 2023.