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por Equipe do Observatório

Melhores empregos e salários contribuem para queda da informalidade em Goiás

Segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral (Pnad Trimestral), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Goiás é o 7º estado com a menor taxa de desemprego no país no primeiro trimestre de 2024. Além disso, taxa de informalidade no estado atingiu o menor nível da série histórica iniciada em 2011, chegando a 35,9%, a terceira menor do país.

A informalidade abrange funcionários sem carteira assinada, empreendedores sem CNPJ e trabalhadores por conta própria sem qualquer registro. Para o economista Eurípedes Júnior, a desocupação no estado se mantém baixa por uma demanda constante de setores aquecidos da economia, como o agronegócio, o imobiliário e os serviços, “que naturalmente atraem empresas para prestarem serviços ou venderem produtos, movendo a cadeia como um todo”.

“Hoje a gente observa uma oferta muito maior de treinamentos para quem quer começar seu negócio, quem quer iniciar sua vida profissional”

Ao seu ver, a queda na informalidade está ligada diretamente a isso: a demanda requer mais mão-de-obra qualificada.

“Se uma pessoa começa seu negócio, ela quer crescer. Para crescer, começar a vender para empresas e pessoas, ela precisa se profissionalizar, ela precisa se formalizar. Nenhuma empresa média compra sem nota fiscal. Pode ser um serviço de manutenção de ar-condicionado, um lanche adquirido, ou a limpeza de alguma área: vão precisar de NF e isso faz com que as pessoas busquem essa formalização para atender a demanda que vai surgindo”, exemplifica.

Renda acima da média

A queda da informalidade também pode estar ligada ao aumento da renda média no estado, que superou a média nacional pelo quinto trimestre consecutivo, atingindo a marca de R$ 3.137 no primeiro trimestre de 2024, acima da brasileira de R$ 3.123. Para Eurípedes, isso tem tudo a ver com o fato de que a demanda por trabalho mais qualificado também leva a melhores pagamentos.

Para o economista, a presença de iniciativas públicas e privadas para a qualificação e melhoramento dos trabalhadores, por meio do Sistema S e dos Colégios Tecnológicos (Cotecs), também são um incentivo para maior formalização e capacitação, o que por sua vez leva a melhores salários. Para ele, o trabalhador goiano se sente mais encorajado: “Hoje a gente observa uma oferta muito maior de treinamentos para quem quer começar seu negócio, quem quer iniciar sua vida profissional”.

Além disso, Goiás atingiu o maior patamar de pessoas na força de trabalho no primeiro trimestre de 2024, com 4,077 milhões de goianos trabalhando.