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por Equipe do Observatório

Liderança de Goiás na produção industrial do Centro-Oeste é fruto de políticas de desenvolvimento

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a Pesquisa Industrial Anual (PIA) referente a 2022 que revelou que Goiás é líder na quantidade de indústrias estabelecidas no Centro-Oeste. São 7.037 unidades, o equivalente a 52,6% do total, seguido por Mato Grosso (3.154), Mato Grosso do Sul (1.929) e Distrito Federal (1.262).

Os números mostraram que Goiás é a unidade federativa que mais gerou receita líquida de vendas (R$ 229,4 bilhões) em 2022. A receita líquida corresponde às vendas brutas após a dedução dos impostos sobre vendas, descontos, abatimentos e devoluções. No mesmo ano, Goiás também teve o maior contingente de pessoas ocupadas (253 mil) no setor, que receberam um total de R$ 10,1 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações.

“Tudo isso depende de uma articulação entre os entes públicos e a iniciativa privada, melhoria do ambiente de negócios”

O economista Gustavo Tavares destaca que Goiás tem desenvolvido medidas específicas que serviram para sustentar essa posição do estado. “Revertendo uma tendência de desindustrialização do país, nosso cenário em Goiás é de reindustrialização, uma nova industrialização”, explica Tavares. Entre as justificativas, estão principalmente incentivos tributários e formação de mão-de-obra para atrair novas empresas.

“Com certeza esse avanço que Goiás conquistou nos últimos anos em termos de número de indústrias instaladas aqui é também reflexo da nossa melhoria de capacidade e formação de mão-de-obra qualificada. É investimento em longo prazo, mas, para continuar dando resultados, estas políticas precisam continuar acontecendo no presente”, comenta. Isso é fruto, na avaliação do economista, da aproximação do poder público com empresários e com instituições de ensino, unindo o mercado com a ciência e a inovação.

Tavares destaca que o capital humano “é o principal ativo para qualquer indústria, que é sempre escasso, principalmente nos países emergentes, que é o caso do Brasil. E que é importantíssimo para dar essa guinada, essa virada de chave, de deixar de ser intensivo em indústrias de transformação, para começar a produzir itens com maior valor agregado”.

“Tudo isso depende de uma articulação entre os entes públicos e a iniciativa privada, melhoria do ambiente de negócios. Goiás tem investido muito na facilitação, na desburocratização, tanto política quanto administrativa, para que o Estado possa atrair novos investimentos, novos perfis de indústria”, finaliza.