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por Equipe do Observatório

Goiás melhora rendimento domiciliar per capita e reduz desigualdade

O rendimento real mensal domiciliar per capita em Goiás em 2024 atingiu a marca de R$ 2.059, o maior valor da série histórica iniciada em 2012. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) Anual, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e colocam Goiás novamente acima da média nacional, que também bateu recorde, mas ficou em R$ 2.020.

No Estado, o rendimento médio de todas as fontes (isto é, toda renda, incluindo benefícios, bolsas, salários, etc) atingiu o valor de R$ 3.118. Além disso, a renda média recebida pelas pessoas que trabalham em Goiás chegou a R$ 3.196, sendo que a participação da renda do trabalho no total da renda por pessoa também aumentou: em 2024, 80,4% da renda domiciliar per capita veio do trabalho, o que representa uma alta de 2,1% em relação a 2023. Esse crescimento foi o quinto maior entre todos os Estados brasileiros e acima da média nacional (74,9%) e da média da Região Centro-Oeste (79,4%).

“A renda domiciliar per capita é um fator importante para a gente entender o tamanho da economia e o seu crescimento frente à população. Goiás está crescendo, nosso PIB está crescendo. A gente vai ter nesse ano de 2025 um crescimento maior por conta do próprio perfil do Estado, que está expandindo. É uma tendência esse índice da renda per capita melhorar”, avalia o economista Luiz Ongaratto.

“A gente vai ter nesse ano de 2025 um crescimento maior por conta do próprio perfil do Estado, que está expandindo. É uma tendência esse índice da renda per capita melhora”

“Por outro lado, ela sozinha não é suficiente, porque a gente precisa ver se essa renda está sendo bem distribuída”, pondera. Para isso, é necessário observar os dados do Índice Gini, uma medida da desigualdade de distribuição de renda em uma população, criado em 1912, que também vem apresentando um histórico positivo no Estado. Em sua escala, quanto maior o número, pior. Em 2024, o índice ficou em 0,440 enquanto em 2022 ele estava em 0,456 e em 2018 em 0,477, levando em consideração que quanto menor o número (mais perto de zero), melhor. “A gente tem visto as camadas mais abaixo da população no recorte por renda ganhando mais, tendo esse crescimento de renda. Olhando o índice Gini, a gente tem observado essa diminuição da desigualdade e isso é muito por uma questão de emprego: melhores condições de emprego, melhores salários do que se tinha no passado”, completa.

O economista destaca que, portanto, uma diminuição no Gini aliada ao aumento da renda domiciliar como resultado da redução da desigualdade. “Está havendo uma maior participação. As camadas mais populares estão ganhando mais, o que significa que estão recebendo uma fatia maior desse bolo”, finaliza.