A economia goiana teve resultados positivos entre janeiro e maio de 2025 no comércio e nos serviços, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em maio de 2025, o comércio varejista em Goiás acumulou 18 meses consecutivos de crescimento na comparação com o mesmo mês do ano anterior, uma sequência que não era registrada desde 2013. A alta de 1,2% no período foi influenciada pela venda de livros, jornais, revistas e papelaria (31,4%) e eletrodomésticos (23,5%). Também foi registrado um crescimento acumulado de 3,2% em 12 meses.
Por outro lado, alguns segmentos dentro do comércio encolheram. No cenário de maio de 2024 para maio de 2025, alguns mercados retraíram, incluindo Goiás, com redução de 7,9%. Enquanto o varejo de livros e papelaria mais eletrodomésticos cresceu, o de veículos e autopeças foi o responsável por essa desaceleração.
“Ações mais contundentes podem melhorar o desempenho regional, especialmente quando se trata do turismo do Estado”
Já o setor de serviços em Goiás cresceu 3,3% no acumulado do ano, entre janeiro e maio de 2025. Entre maio do ano passado e deste ano, a variação se manteve estável. A variação de mês a mês, por sua vez, foi de 2,7%. Sobre o Volume de Atividades Turísticas, sem ajuste sazonal, entre maio do ano passado e maio deste ano, o crescimento foi de 4,3%. No acumulado de janeiro a maio deste ano, o aumento foi de 6,2%, bem próximo aos 7% da média nacional. Por outro lado, com o ajuste sazonal, o setor também encolheu 4,3%.
Para o economista Lucas Marin, certa variação é esperada e a economia goiana tem se mostrado estável e acompanhando o cenário nacional. “Acredito que, de maneira geral o cenário relativo ao volume de serviços não é ruim e mostra um crescimento sutil ao longo do tempo que acompanha, em certa medida, o cenário nacional. Ações mais contundentes podem melhorar o desempenho regional, especialmente quando se trata do turismo do Estado”, avalia o economista.
“No caso do comércio, a variação positiva demonstra uma crescente estável no consumo. Contudo a variação negativa em alguns segmentos, como veículos, motocicletas, partes e peças, material de construção e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo, demonstra que bens duráveis, com exceção de móveis e eletrodomésticos, estão sendo menos comercializados em relação ao cenário nacional”, pontua.