A renda média mensal em Goiás ficou acima da média nacional nos cenários empregador e empregado por contra própria e abaixo apenas por duas posições da média em salário de empregado, segundo dados do Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) referentes ao segundo trimestre de 2024. A média entre as três modalidades ficou em R$ 4.808.
O cálculo mede o valor médio que os trabalhadores acima de 14 anos ganham, habitualmente, por mês. Esse rendimento inclui todos os tipos de trabalho e geralmente abrange diferentes fontes de renda, como salários, comissões e gorjetas. Os dados revelaram que no âmbito empregador, o rendimento médio em Goiás ficou na 6ª posição no ranking nacional, em R$ 8.639, acima da média nacional de R$ 8.078. No primeiro trimestre, o valor registrado por de R$ 8.486. No mesmo período de 2023, o valor era de R$ 8.233.
No ramo empregado por conta própria, Goiás registrou a 7ª colocação, com R$ 3.005, acima da média nacional de R$ 2.602. Houve uma pequena queda em relação ao primeiro trimestre, quando a média no Estado ficou em R$ 3.121. No mesmo período de 2023, o valor era de R$ 2.727. No segmento empregado o Estado ficou em 13º, com R$ 2.781, enquanto a média nacional ficou em R$ 2.997. No primeiro trimestre, o valor registrado foi R$ 2.695 No mesmo período em 2023, a média no Estado R$ 2.594.
“A economia está aquecida, o governo federal está buscando PIB, estamos com o menor nível de desemprego desde 2014, o que faz com que os salários aumentem”
Na série histórica iniciada em 2018, a renda mensal para o empregador foi de R$ 6.427 para R$ 8.639; a do empregado por conta própria de R$ 2.293 para R$ 3.005 e do empregado de R$ 2624 para R$ 2781. “A economia está aquecida, o governo federal está buscando PIB, estamos com o menor nível de desemprego desde 2014, o que faz com que os salários aumentem”, avalia a economista Fernanda Mayra.
Ao seu ver, o crescimento salarial em Goiás “evidencia um reaquecimento significativo do mercado de trabalho e a retomada do crescimento econômico pós-covid-19. Esse avanço é impulsionado não apenas pelos setores da indústria e da construção civil, mas principalmente pelo setor de serviços, que inclui o turismo e toda a sua cadeia produtiva, responsáveis pelos maiores níveis de emprego e renda”.
De fato, Goiás já gerou 82.829 empregos até setembro de 2024, com destaque para o setor de serviços que está com saldo positivo de 32.6 mil empregos criados, seguido pela indústria, com 16.9 mil e a construção, com 14.8 mil.
“Esse resultado positivo está diretamente relacionado ao aumento do poder de consumo das famílias e à melhoria da qualidade de vida da população, além de indicar uma economia em expansão e bem estruturada”, conclui Fernanda.