Além da taxa de desemprego em uma baixa histórica de 5,6%, o aquecimento da economia brasileira deverá gerar 118 mil vagas de emprego temporárias para o período das Festas em 2025, segundo levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). As áreas que mais devem precisar de reforço são exatamente o varejo e o setor de serviços, como hotéis e restaurantes.
Segundo a pesquisa, 47% dos empresários afirmam que precisam reforçar as equipes. Um terço das empresas (33%) já contratou ou pretende contratar. Entre os que já contrataram ou planejam contratar, metade (50%) deve optar por temporários, com contratos que duram, em média, 2,5 meses, podendo chegar a 2,9 meses nas capitais. Além disso, 47% das empresas pretendem efetivar os profissionais temporários após o período.
O levantamento também avaliou remuneração: o valor médio oferecido é de R$ 1.819,36. Cerca de 39% das empresas pagarão um salário-mínimo (R$ 1.518,00), e outros 39% oferecerão até dois salários-mínimos (R$ 3.036,00). A jornada de trabalho média é de 7h8min por dia. Por fim, 24% dos pesquisados pretendem começar as contratações em outubro e 21%, em novembro
“Esse movimento no mercado de trabalho, do lado do trabalhador, é uma chance para recolocação profissional e aquisição de experiência”
“Esse movimento no mercado de trabalho, do lado do trabalhador, é uma chance para recolocação profissional e aquisição de experiência, e do lado do comércio e do setor de serviços, é uma oportunidade para reduzir a rotatividade e facilitar a busca por mão de obra qualificada”, avalia a economista Heloísa Borges.
Para ela, os números da pesquisa apontam por uma boa expectativa por parte da economia para o final de 2025. “As intenções de contratação do comércio e do setor de serviços indicam o otimismo da maioria dos empresários em relação ao consumo do fim de ano. Ao reforçar o quadro de funcionários, cria-se mais oportunidades de emprego e renda, gerando um ciclo virtuoso impulsionado por expectativas positivas”, conclui.