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por Equipe do Observatório

Dia das Bruxas ganha força no varejo brasileiro

O Halloween, conhecido como Dia das Bruxas no Brasil, está crescendo entre os varejistas e consumidores tupiniquins mesmo sendo um feriado americano. Segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC), a previsão de expansão do varejo é de 4% em 2025. No ano passado, a entidade estima que a data movimentou mais de R$ 3,7 bilhões, com alta de 15% a 20% sobre 2023. Este ano, 33% dos brasileiros dizem que vão comemorar a data, chegando a 50% na classe AB, principalmente entre jovens e jovens adultos de 18 a 34 anos.

Os principais produtos são doces e maquiagens, mas festas adultas também devem preencher a data. Em 2024, pequenas e médias empresas venderam online cerca de 19 mil produtos em outubro, principalmente fantasias e itens de decoração. O faturamento no período chegou a R$ 948 mil, aponta o levantamento da CNC.

O professor e economista Renato Ribeiro percebe esse movimento menos como cultural e mais como sagacidade dos vendedores brasileiros para aquecerem vendas no segundo semestre aproveitando quem tem renda para poder gastar. Algo semelhante, ele observa, ocorre com a incorporação da Black Friday, outra data varejista americana. Ao seu ver, essas ações movimentam o mercado sazonal de trabalho e botam o dinheiro para girar bem antes do Natal e do 13º.

“Nós podemos enxergar que o Halloween cada vez mais está se consolidando como uma das datas mais lucrativas dentro do mercado brasileiro”

Afinal, é uma data que necessariamente envolve fazer compras: “Nós podemos enxergar que o Halloween cada vez mais está se consolidando como uma das datas mais lucrativas dentro do mercado brasileiro. É uma festa que tem ganhado força no mercado brasileiro principalmente em função da sua forma de condução que são as fantasias e os doces e as travessuras em que as crianças têm aderido bastante juntamente com o apoio das escolas e das entidades ao qual elas estão inseridas, como condomínios, casas de festas e shoppings”, pontua.

“Do ponto de vista econômico, isso é algo bastante positivo, porque influencia muito a movimentação da moeda, aquece muito o varejo e consequentemente você tem uma arrecadação maior de tributos perante aos municípios, estados e a união. Eu acredito que nós teremos um crescimento exponencial e que futuras empresas que poderão nascer em função dessa festividade, em função dessas novas festas temáticas e o Halloween é uma delas”, adiciona.

Para Renato, o desafio é saber ainda se a data vai se manter movimentada nos próximos anos ou se foi uma febre de momento. Porém, ele se mantém otimista: “É um desafio grande para a nossa economia manter esse cenário aquecido, mas culturalmente a tendência está mostrando uma positividade grande. Acho que nos próximos anos vamos colher frutos positivos”, finaliza.