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por Equipe do Observatório

Mercado imobiliário de Goiânia segue aquecido com aumento de quase 50%

Um dos principais objetivos da família brasileira brasileira é conquistar a casa própria e, em Goiás, isso tem sido uma prioridade para muita gente. Segundo dados divulgados pela Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO), as vendas de imóveis cresceram 47% na capital goiana no primeiro trimestre de 2025.

O que é bastante coisa a se considerar, já que 2024 foi o ano com o maior volume de unidades comercializadas na capital desde 2010, chegando a cerca de R$ 7,7 bilhões em unidades residenciais.

“A população e a economia de Goiás crescem numa velocidade muito acima do restante do país, o que gera uma demanda enorme por novas moradias”, comenta o presidente do Conselho da Ademi-GO, Fernando Razuk. Segundo ele, a população de Goiás cresceu 20% entre o censo de 2010 e o de 2022, enquanto a população brasileira cresceu em torno de 7%. “Além disso, a economia de Goiás vem crescendo acima da economia brasileira há muitos anos. Isso aumenta significativamente a demanda por imóveis”, completa.

O setor também tem aquecido o mercado de trabalho: segundo dados do Caged, a construção civil foi responsável por gerar em 2025 até agora 8.472 novos empregos em Goiás, entre janeiro e abril.

“A população brasileira tem uma demanda represada muito grande em várias áreas e moradia é uma delas, de tal forma que sempre que é observado um ligeiro aumento da renda na base da pirâmide social, a demanda aumenta rapidamente”

“A população brasileira tem uma demanda represada muito grande em várias áreas e moradia é uma delas, de tal forma que sempre que é observado um ligeiro aumento da renda na base da pirâmide social, a demanda aumenta rapidamente. No setor imobiliário, essa dinâmica se impõe ainda mais intensamente, por ser um bem de desejo fundamental para todos”, explica o economista Felipe Cordeiro.

Na avaliação de Felipe, caso o Banco Central optasse por diminuir a taxa de juros, isso poderia encorajar ainda mais os trabalhadores para buscar financiamentos, como forma de tentar compensar a demanda.

Segundo a Ademi-GO, neste primeiro trimestre foram lançadas 2.525 unidades e comercializadas 2.592, levando a mais uma redução no estoque de Goiânia, que chegou a 10.283 unidades. Isto é: tem se vendido mais do que está sendo construído, o que mostra o ritmo acelerado e a ampla procura por imóveis na capital.