A 3ª edição da Amarê Fashion – Semana da Moda Goiana ocorre entre os dias 7 e 10 de agosto no Centro Cultural Oscar Niemeyer (CCON) em Goiânia. O evento é uma realização do Sebrae Goiás, Senac Goiás e Governo de Goiás e tem como objetivo atender todas as áreas do setor da moda no Estado com cursos de formação, oportunidades de negócio e desfiles.
Ao todo serão 15 desfiles de moda, sendo 13 desfiles de marcas goianas. Entre eles, são destaques um desfile para apresentação do concurso de novos estilistas (estudantes das Instituições de Ensino Superior), outro de uma coleção feita pelos alunos do Senac Fashion School e o desfile do projeto Cores do Cerrado, desenvolvido pelas escolas de moda dos Colégios Tecnológicos de Goiás (Cotecs).
Marcado para as 14h do dia 9 de agosto, o desfile apresenta a qualidade e os resultados do ensino profissionalizante gratuito ofertado para o segmento pelo Governo de Goiás. A coleção possui peças produzidas em linho, sarja e crepe georgette, tecidos que conferem maior liberdade e alta qualidade na produção das peças, que abarcam a moda feminina e masculina.
““O mercado da moda promove a inclusão social com programas de capacitação e novas oportunidades”
A coleção foi desenvolvida colaborativamente em nove unidades Cotec ppelo Estado. Como o seu nome já diz, as peças vão destacar a riqueza da fauna e flora do Cerrado.
“O mercado da moda promove a inclusão social com programas de capacitação e novas oportunidades. Aprender habilidades de costura, design e negócios abre portas para o empreendedorismo e também para empregos formais. É nisso que o Governo de Goiás acredita e investe”, pontua o secretário de estado da Retomada, César Moura, titular da pasta onde estão as ações de empregabilidade e fortalecimento econômico do Estado.
Goiás possui oito mil confecções que produzem cerca de 60 milhões de peças por mês com faturamento superior a R$ 10 bilhões anuais segundo o Instituto Estudos e Marketing Industrial. Isto coloca o Estado na sétima posição nacional em produção têxtil.
Oferta de cursos
Um forte destaque na programação da Amarê Fashion é a formação profissionalizante gratuita. Os interessados poderão se inscrever em cursos de capacitação e qualificação profissional voltados para corte, costura e modelagem de vestuário.
O setor de confecção de artigos de vestuário e acessórios (camisetas, calças, bermudas e semelhantes) cresceu 426% em Goiás segundo a Pesquisa Industrial Mensal (PIM), do IBGE, referentes a novembro de 2023.
Para além da Amarê Fashion, existem 19 unidades dos Cotecs espalhados pelo Estado. Os alunos poderão escolher entre dezenas de cursos no setor da moda, tais como Corte e Costura Básico, Intermediário e Avançado; Modelagem Masculina, Infantil e Feminina; Costureiro Industrial; Costura em Malha; Biojoias; Processos Têxteis; entre outros.
“Pelo Cotec ofertamos cursos de altíssima qualidade, ministrados através de um convênio com a Universidade Federal de Goiás (UFG), que fazem parte de uma política pública de profissionalização, geração de renda e qualidade de vida para a população do estado. Se o trabalhador não tem perfil empreendedor, ele certamente vai encontrar um trabalho nas milhares de confecções, cooperativas e lojas que estamos fomentando na cadeia produtiva da moda em Goiás”, afirma o secretário da Retomada.
César Moura destaca o cooperativismo e os Arranjos Produtivos Locais (APL) da Moda, que receberam investimentos do estado para chegar a 50 municípios. “Adquirimos 10 novas máquinas de corte Audaces, que fazem o corte automático de peças com maior rentabilidade e desperdício mínimo de tecido, e fomentamos cooperativas de confecção junto à OCB Goiás. E assim estamos fortalecendo a economia no interior do estado com uma cadeia produtiva sustentável”.
Mercado
Segundo o levantamento de 2022, entre os 230 confeccionistas, 65% deles possuem área construída entre 501 m2 a 2.000 m2 e, 63% contam com 10 a 49 funcionários. 65% dos funcionários encontram-se na produção, 13% na administração, 9% a 10% na área comercial.
Além disso, 92% dos confeccionistas produtores de vestuário trabalham com marca própria, 10% com facção de vestuário e 1% com private label (terceirização no processo produtivo).
Analisando a produção, 91% é de marca própria, 1% de private label e 9% de facção de vestuário.