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por Equipe do Observatório

Apesar de pequeno recuo em abril, setor de serviços assinala 26ª taxa positiva consecutiva na comparação interanual

O setor de serviços apresentou um pequeno recuo de 1,6% em abril de 2023 no Brasil, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), após um acumulado de alta nacional no primeiro trimestre.

Em Goiás, a queda foi de 5,6%, mas vale lembrar que o Estado vinha de uma alta bem acima da nacional: de 4,9% apenas em março, quando a média nacional foi de 1,4%. Vale mencionar que o setor de serviços em Goiás vinha crescendo desde o ano passado, especialmente na área de turismo, com um acumulado de expansão superior a 10% no primeiro trimestre.

“O setor de serviços em Goiás segue em um bom patamar. Só poderemos saber se a queda é um sinal de desaceleração a médio prazo, em cerca de cinco meses”

Segundo o economista Pedro Ramos, o recuo não significa um desaquecimento do setor, porque a janela de tempo é muito curta: é necessário observar os próximos meses para verificar se há uma tendência. “O setor de serviços em Goiás segue em um bom patamar. Só poderemos saber se a queda é um sinal de desaceleração a médio prazo, em cerca de cinco meses”, diz.

Em transportes de passageiros, o Brasil acumula uma redução de 4,7% somando março e abril. O transporte de carga reduziu 3,4%. Para Ramos, o impacto pode ter sido causado pela variação dos preços dos combustíveis: “Os repasses fazem com que o preço aumente o que pode ter impactado no transporte e agora os preços vão subir de novo”.

“Devemos lembrar que Goiás estava há meses bem acima da média nacional e para manter esse nível de impulso se exige muito da economia”, explica o economista. “Essa queda é quase natural pelo efeito de alcance, porque a economia não consegue manter esse ritmo durante um longo tempo”.

Ainda segundo o IBGE, o setor de serviços assinala 26ª taxa positiva consecutiva na comparação interanual. Por exemplo, em comparação com abril de 2022, houve crescimento de 2,7%. O gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, informa em texto de divulgação do IBGE que: “É o resultado menos intenso desde março de 2021 (4,6%), quando se iniciou essa sequência de taxas positivas. Um dos motivos é a base de comparação. Tivemos movimentos muito fortes em 2021 e 2022 e agora vêm perdendo fôlego”.