Goiânia foi a capital que teve a menor variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) do Brasil em maio deste ano, um dos principais medidores para calcular a inflação. No nível nacional, ela foi de 0,44% e o acumulado até agora é de 2,12% e a prevista para até o final do ano é de 3,7% segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já o boletim Focus, porém, elevou a expectativa da inflação de 3,8% para 3,88%. Mas como isso impacta as pessoas?
Segundo o próprio IBGE, essas taxas pressionam no preço de produtos, principalmente na saúde, em combustíveis e nos alimentos. Na prática, quanto maior a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, já que se ela acelerar demais, os salários não conseguem acompanhá-la.
“A constante alta de emprego significa aumento da demanda, uma vez que as famílias de maneira geral terão mais recursos para consumir”
“Quando consideramos o IPCA-15 de Goiânia, que teve menor variação que o IPCA-15 nacional, bem como o rendimento domiciliar per capita do Centro-Oeste, acima da média nacional, podemos afirmar que os impactos da inflação, na média, são menores do que em outras regiões onde estes rendimentos são menores”, avalia o economista Lucas Marin.
A inflação que efetivamente afeta cada família varia de acordo com o consumo desta família, sendo que, quanto menor a renda, maior é o impacto da variação de preço. “A constante alta de emprego significa aumento da demanda, uma vez que as famílias de maneira geral terão mais recursos para consumir. Com mais pessoas gastando e uma oferta constante, temos inflação de demanda. Esse cenário vai em direção ao aumento da inflação, aqui, contudo, o IPCA se mostrou menor que a média nacional. Então é provável que outros fatores estejam contribuindo pra este cenário”, pontua.
O mercado de trabalho em Goiás gerou um saldo de 57.193 empregos formais nos primeiros quatro meses do ano de 2024, número que supera todo o ano de 2023 quando foram registradas 49.275 novas vagas. O estado também apresentou o maior crescimento relativo do estoque de empregados formais do país (3,77%). Goiás possui mais de 1,5 milhão de pessoas no mercado de trabalho formal.