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por Equipe do Observatório

Crescimento de cooperativas tem impacto positivo na geração de empregos

O cooperativismo tem crescido no Brasil e se destacado na retomada da economia após a pandemia de covid-19. Segundo dados disponibilizados pelo AnuárioCoop 2022, do Sistema OCB, as cooperativas já representam cerca de 10% do PIB goiano e têm previsão de crescer 20% em 2023. O país já soma 18 milhões de cooperados, a maior parte pessoas físicas no ramo da agricultura familiar.

Atualmente, Goiás tem 260 cooperativas que geraram cerca de 15,7 mil empregos. A receita bruta das cooperativas goianas no final de 2022 alcançou R$ 30,9 bilhões, um significativo aumento de 47% em 12 meses, segundo dados do Anuário do Cooperativismo 2023. O número de empregos diretos teve aumento de 10% em 2022, de 14,1 mil para os 15,7 mil atuais. Houve incremento também na folha de pagamento: de R$ 899,6 milhões em 2021, para R$ 1,050 bilhão em 2022, um aumento de 17%.

“Fortalece a renda dos cooperados e também incentiva a geração de emprego, porque o dinheiro que está circulando fortalece o comércio e os serviços”

No Brasil, 425 mil pessoas estavam diretamente empregadas por cooperativas em 2019. Em 2021, foram 493.277 empregos gerados. Os setores mais fortes no Estado e no Brasil são o agro e o de crédito. O segmento de crédito já opera em 55,3% dos municípios brasileiros.

O Estado possui 13 cooperativas com faturamento anual superior a R$ 1 bilhão. O estado também possui 382 mil cooperados. “O modelo cooperativista é super interessante porque ele melhora a prosperidade do local em que está inserido. Na cooperativa, todo mundo que entra paga uma parte do capital social daquela cooperativa e se torna dono da cooperativa como todos os demais cooperados. Todo o dinheiro que você coloca na cooperativa é utilizado para conseguir as ‘sobras’, que são redistribuídas aos cooperados, retornando para toda a comunidade”, explica o economista Pedro Ramos.

Desta forma, a cooperativa fomenta a economia local. Uma cooperativa de crédito, por exemplo, vai incentivar a circulação e obtenção de crédito localmente. E depois, com as sobras, a mesma comunidade obtém capital para investir ou consumir.

“Portanto, ela fortalece a renda dos cooperados e também incentiva a geração de emprego, porque o dinheiro que está circulando fortalece o comércio e os serviços, além de procurar sempre empregar pessoas da comunidade para ter essa aproximação entre elas e a cooperativa”, conclui Ramos.