Os dados do Novo Caged divulgadas em agosto mostraram que, naquele mês, as micro e pequenas empresas (MPE) foram responsáveis por 73% das novas vagas de emprego criadas. Das 220 mil contratações, 161 mil foram nas MPE. No acumulado do ano, foram gerados 1,4 milhão de empregos no Brasil, dos quais 988 mil foram nas MPE (cerca de 71,2%).
“A gente tem sempre a pequena e micro-empresa como principais geradores de emprego do Brasil. Quando a gente vê esse tipo de empresa gerando mais emprego significa também que mais oprtunidades estão surgindo para essas empresas crescerem. São empresas às vezes com até quatro funcionários, e se há uma demanda por crescimento, a gente percebe uma recuperação econômica”, diz o economista Luiz Ongaratto.
“Uma coisa está muito ligada à outra: se o setor de serviços aumenta, também cresce a micro e pequena empresa, já que é o segmento em que mais atuam”
A grande maioria dessas contratações em agosto feitas pela MPE foram no setor de serviços (78.904), seguido pelo comércio (38.544) e pela construção civil (25.296). No acmulado do ano, foram 521.750 contratações por MPEs no setor de serviços. Isso fica muito na frente da construção civil, que ficou em 2º lugar, com 198.825 contratações no ano.
“A gente vê que é o setor de serviços que vai representar grande parte dessas empresas e que estão cada vez mais comuns na economia. Uma coisa está muito ligada à outra: se o setor de serviços aumenta, também cresce a micro e pequena empresa, já que é o segmento em que mais atuam”, completa Ongaratto.
Ainda em agosto, os pequenos negócios que mais contrataram foram restaurantes e lanchonetes (8.814 empregos), seguido pelo setor de construção (6.467 empregos) e depois pelo transporte rodoviário de carga (5.690 empregos).