O salário-mínimo teve reajuste de 7,5% em 2025, subindo R$ 106, de R$ 1.412 para R$ 1.518. O cálculo leva em consideração a inflação acumulada até novembro de 2024 (4,84%) e o crescimento real do PIB, que foi de 2,5%. Cerca de 59 milhões de brasileiros possuem renda de um salário-mínimo.
O economista Luiz Ongaratto avalia que, apesar de ser um reajuste dentro do esperado, a renda do trabalhador continua pressionada. “O trabalhador já vem sofrendo com o aumento dos preços, então ele vem perdendo esse poder de compra com o aumento da inflação. Se essa inflação continua subindo ou se mantém na alta, o reajuste não vai ser suficiente para cobrir a despesa que aumentou”, pontua.
“Se essa inflação continua subindo ou se mantém na alta, o reajuste não vai ser suficiente para cobrir a despesa que aumentou”
Ele explica que o cálculo como é feito hoje busca garantir um aumento real a cada ano, para além de só correr atrás do valor perdido pela inflação, mas que mesmo assim tem dificuldade para acompanhar os custos de vida. “Do ponto de vista do consumidor, sempre vai haver uma defasagem. Com base na metodologia que é utilizada, não tem uma outra forma de fazer isso, pois os reajustes são retroativos”, pontua.
A principal despesa impactada hoje é a alimentação, cuja inflação dos alimentos foi de 8,23% em 2024 segundo o IBGE. “O gasto com alimentação é muito expressivo dentro da renda. Então, além de esse ajuste ser retroativo, tem esses preços que não são capturados diretamente”, diz