A indústria goiana cresceu 7,6% na variação acumulada em 12 meses, até agosto de 2024, e registrou a segunda maior alta do país, segundo a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF). O crescimento goiano ficou quase três vezes acima do nacional, cuja média foi de 2,4%.
O aumento foi puxado principalmente pela fabricação de veículos automotores (57,7%) e pela confecção de artigos de vestuários e acessórios (38,2%). O levantamento também mostra o crescimento de 4,5% na variação acumulada no ano, enquanto a média brasileira foi de 3%.
“O crescimento da indústria goiana nos últimos 12 meses é o reflexo dos investimentos em logística e infraestrutura dos últimos anos na região, além de políticas fiscais do governo que buscam deixar o Estado mais atrativo para a instalação de grandes empreendimentos”, avalia o economista Felipe Cordeiro.
“O crescimento da indústria goiana nos últimos 12 meses é o reflexo dos investimentos em logística e infraestrutura dos últimos anos na região, além de políticas fiscais do governo que buscam deixar o Estado mais atrativo”
Ele destaca o crescimento de mais de 50% da base de cálculo da produção industrial automobilística em apenas um ano e que mostra a dimensão do investimento que é uma fábrica de automóveis. “Nesse ano, estamos vendo a consolidação de investimentos da Mitsubishi, além da chegada de chineses, como a BYD. O crescimento da indústria têxtil em geral também impressiona, mesmo com o Estado de Goiás tendo uma tradição já reconhecida nesse ramo, tendo o polo da Região da 44 que atrai varejistas de vários Estados do país e esse segmento, que é forte em Goiás, foi beneficiado pela prorrogação da desoneração da folha de pagamento, já que esse é um setor que precisa de muita mão de obra”, argumenta.
Assim, o encontro de fatores, como o mercado interno aquecido e o indicativo do governo de redução do custo tributário da mão de obra, convergiram em um crescimento muito acima da média histórica e nacional nesses segmentos da indústria no Estado de Goiás.