A venda de presentes para o Dia dos Pais deve movimentar R$ 263 milhões no comércio goiano, segundo o Sindicato do Comércio Varejista no Estado de Goiás Sindilojas-GO. Se confirmada a projeção, esse valor representará um aumento de 10% em relação a 2024. A expectativa é de que cada consumidor gaste, em média, R$ 200 na compra de presentes.
Para o economista Diego Dias, esse cenário demonstra a importância crescente das datas comemorativas para o desempenho do varejo e a economia local. “A média de gasto de R$ 200 por consumidor reflete não apenas a intenção de presentear, mas também uma melhora nas condições econômicas das famílias, como maior confiança no consumo, leve recuperação do poder de compra e estabilidade dos preços”, avalia.
Esse cenário positivo não é isolado. Dias lembras que os dados mais recentes apontam que Goiás encerrou o primeiro trimestre de 2025 com um crescimento do PIB de 7,7%, bem acima da média nacional, consolidando o Estado como um dos principais motores do desenvolvimento econômico no país. Além disso, o setor de comércio goiano acumula meses consecutivos de alta, o que sinaliza um ambiente favorável tanto para os consumidores quanto para os empresários. “Em um contexto de juros ainda elevados, esse fôlego no consumo demonstra que as famílias estão retomando gradualmente sua capacidade de gastar, sobretudo em ocasiões que envolvem vínculos afetivos e tradição, como o Dia dos Pais”, pontua.
“Esse fôlego no consumo demonstra que as famílias estão retomando gradualmente sua capacidade de gastar”
O economista lembra que o impacto desse tipo de movimentação vai além do volume de vendas. “Ela repercute diretamente na geração de empregos temporários, no giro de estoque, na arrecadação tributária e no fortalecimento das pequenas e médias empresas locais. A data se apresenta, portanto, como uma oportunidade estratégica para o varejo impulsionar resultados e fidelizar clientes, especialmente nos setores de moda, calçados, perfumaria e eletrônicos, que devem concentrar a maior parte das vendas”, diz.
A crescente disposição para o consumo também exige cautela: ao mesmo tempo em que é sinal de confiança e dinamismo, traz consigo o risco do endividamento, especialmente em um cenário onde boa parte das compras ainda ocorre por meio do crédito parcelado. “Isso reforça a importância da educação financeira para o consumidor e da gestão de vendas responsável por parte dos lojistas”, conclui.
Entre os itens mais buscados, segundo o levantamento do Sindilojas-GO, o ranking das preferências tende a ser liderado por itens do vestuário, calçados e acessórios, seguidos por produtos da linha de perfumaria e cosméticos e, em terceiro lugar, por eletroeletrônicos.