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por Equipe do Observatório

Goiânia tem o 15º maior PIB entre as cidades brasileiras

Quatro municípios goianos integram a lista das 100 maiores economias do País, segundo Boletim divulgado pelo Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB) utilizando dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referentes a 2021. Na ocasião, Goiânia ocupa a 15ª posição nacional com um PIB de R$ 59 bilhões.

Entre as cem primeiras posições também se destacam mais três municípios: Anápolis (75ª – R$ 17,8 bilhões), Aparecida de Goiânia (80ª – R$ 16,9 bilhões) e Rio Verde (82ª – R$ 16,3 bilhões). O Estado também se destaca na agropecuária, com nove entre os 100 maiores valores adicionados (VAs) do setor: Rio Verde (6º); Jataí (10º); Cristalina (12º); Montividiu (47º); Mineiros (58º); Catalão (66º); Paraúna (69º) Chapadão do Céu (85º) e Ipameri (88º), cerca de 24,1% do total nacional.

“Aparecida de Goiânia era conhecida como cidade dormitório. A partir da instalação de polos industriais com incentivos fiscais e trabalho ativo da administração da cidade, esse quadro mudou drasticamente”

Em 2023, o PIB goiano cresceu 5,3% no terceiro trimestre do ano, puxado novamente pelo agro, mas também com crescimento no setor de serviços. O percentual supera o avanço do PIB nacional, que foi de 2% no mesmo período, segundo boletim também divulgado pelo IMB.

A economia goiana obteve destaque para o crescimento da agropecuária, com variação de 21,8%, na comparação do terceiro trimestre de 2023 com o mesmo período do ano anterior. O setor de serviços cresceu 2,2% no terceiro trimestre deste ano, na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, e alcançou o 11º trimestre consecutivo de variações positivas. A indústria encerrou o trimestre com taxa positiva de 2%.

“É natural que a cidade de Anápolis tenha uma posição de destaque na economia goiana e nacional: o porto seco, a base da Aeronáutica e a localização conectando a capital federal à Goiânia são os grandes pilares econômicos da cidade”, avalia o economista Felipe Cordeiro.

Ele destaca o desenvolvimento de Aparecida, que se afasta da dependência da capital: “Aparecida de Goiânia era conhecida como cidade dormitório, ou seja, as pessoas apenas dormiam, mas exerciam todas suas atividades econômicas em Goiânia. A partir da instalação de polos industriais com incentivos fiscais e trabalho ativo da administração da cidade, esse quadro mudou drasticamente”.

Por fim, ele salienta o crescimento de Rio Verde que, embora seja um polo agro, está atraindo investimentos outros tipos que contribuem para o desenvolvimento local e fortalecimento da economia como um todo na região: “isso atrai grande atividade de empresas do ramo agro em workshops e feiras de tecnologia na cidade, sendo destino de importantes investimentos em infraestrutura e logística, contribuindo ainda mais para o destaque nacional”.