Goiás foi o segundo Estado da federação que mais avançou na redução da pobreza em 2023, de acordo com dados da Síntese de Indicadores Sociais, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento elenca indicadores sociais como demografia, famílias, educação, trabalho, distribuição de renda e domicílios.
Segundo dados do Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB), a redução da pobreza no Estado atingiu 27,8%. No Brasil, a redução foi de 13,8%. Entre 2018 e 2022, a desigualdade social no Estado teve uma diminuição de 2,1%.
“O aumento do salário mínimo no início do ano e essa queda da inflação que vem acontecendo, com uma estabilização, faz com que a economia gire mais”
Nacionalmente, a proporção de pessoas consideradas pobres é de 31,6% em 2022 enquanto as pessoas em situação de extrema pobreza são 5,9% da população.
“Com a diminuição do desemprego, você tendo mais pessoas empregadas, isso com certeza gera um aumento da renda agregada ali naquele município e as pessoas conseguem também gerar mais faturamento, e a economia girando nesse sentido consegue contratar mais gente, isso diminui a pobreza”, avalia o economista Pedro Ramos.
Outro fator é o aumento do poder de compra: “o aumento do salário mínimo no início do ano e essa queda da inflação que vem acontecendo, com uma estabilização, faz com que a economia gire mais e também com que o salário mínimo consiga comprar uma cesta básica de forma mais fácil do que antes”.
“Por fim, o terceiro ponto, são os programas sociais. É impossível a gente falar em diminuição da pobreza sem falar dos programas sociais, sem falar do arcabouço fiscal, que foi aprovado, na verdade, e busca fazer um aumento de gasto real do governo, e como foco do governo federal é principalmente a extrema pobreza. Esse índice realmente é impactado de forma direta. Tudo isso realmente faz com que tenha essa melhoria”, finaliza Ramos.