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por Equipe do Observatório

Jovens de até 24 anos ocupam 40% dos novos empregos no 1º trimestre em Goiás

Jovens entre 18 e 24 anos de idade ocuparam 17.684 das 43.679 novas vagas de empego formal criadas no primeiro trimestre em Goiás segundo dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Isso significa que 40% dos empregos gerados neste período foram para esta faixa etária.

A tendência é ainda maior em nível nacional: os jovens de até 24 anos ocuparam 57% das vagas de emprego geradas no Brasil no 1º trimestre. As demais vagas se espalham de forma dispersa entre as demais faixas, girando entre 10% e 13%.

“Pessoas mais qualificadas tendem a ter mais idade, embora a corrida competitiva e a situação econômica possam encorajar os mais jovens à qualificação continuada”

Porém, a experiência também tem seu valor: em segundo lugar em Goiás aparecem pessoas entre 30 e 39 anos, ocupando 8.958 das novas vagas, cerca de 20%.

“Pessoas mais qualificadas tendem a ter mais idade, embora a corrida competitiva e a situação econômica possam encorajar os mais jovens à qualificação continuada a fim de obter alguma vantagem no mercado de trabalho”, avalia o economista Everton Rosa.

O especialista obseva que o fator etário se torna crucial apenas no trabalho mais físico, como no campo ou na construção civil, em que a demanda por jovens fortes é perene. Nos demais setores, porém, ele vê essa variação como uma migração do conhecimento: o jovem entra no mercado de trabalho, ganha experiência e procura um posicionamento melhor, depois dos 30.

Saldo por idade em Goiás em março

“Houve um tempo em que a pessoa fazia uma graduação, assumia um emprego, ganhava experiência e voltava a estudar para se qualificar mais. Hoje é mais rápido, o jovem faz a graduação e já busca alguma pós-graduação. As empresas têm incentivado seus funcionários, em vários segmentos, a realizarem qualificações”, comenta Rosa.

“Como é evidente, isso varia de setor para setor, mas com a economia sendo mais inovativa, com tantas oportunidades de qualificação, a mudança vai se intensificando neste sentido do físico para o conhecimento”, finaliza.