O Brasil completou 34 anos da vigência da Lei de Cotas para pessoas com deficiência (PCD) no mercado de trabalho, garantindo maior inclusão e acesso ao emprego para os trabalhadores deficientes do país. Segundo dados do IBGE, são cerca de 18,6 milhões de deficientes no país.
A lei prevê a reserva de vagas nas empresas com 100 ou mais empregados às pessoas com deficiência. Empresas com 100 a 200 colaboradores devem reservar 2% das vagas; de 201 a 500, a reserva é de 3%;de 501 a 1000 colaboradores, o valor sobe para 4%. Já as empresas com mais de 1000 trabalhadores devem cumprir o percentual de 5%
Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), cerca de 63 mil pessoas com deficiência foram contratadas no país entre janeiro e junho de 2025. No Centro-Oeste, foram cerca de 5 mil contratações.
O levantamento também apontou que 93% desse total de contratações ocorreu em empresas que precisam cumprir as cotas por determinação da lei, um bom resultado de compliance por parte dos empregadores.
Ainda segundo o MTE, desde 2009, cerca de 537 mil pessoas com deficiência conseguiram ingressar no mercado de trabalho por meio das cotas. O percentual de cumprimento da cota a nível nacional progrediu de 11,37% em 2000 para 53% em 2025.
Segundo um estudo feito pelo Instituto Mauro Borges (IMB) em 2023, Goiás possui cerca de 580 mil pessoas com algum tipo de deficiência, cerca de 8,5% da população.
A pesquisa do IMB aponta dados promissores em Goiás: cerca de 94,5% das pessoas deficientes estão ocupadas, porém apenas 34,1% estão na formalidade. A taxa de desocupação é de 5,5%.
Ainda segundo o estudo, há um recorte social de vulnerabilidade que deve ser considerado: 59,9% das pessoas com deficiência em Goiás são mulheres e 62,1% são pessoas negras, sendo que 7 a cada 10 dessas pessoas tem baixa escolaridade: ensino fundamental incompleto ou sem instrução.