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por Equipe do Observatório

Maioria dos alimentos da cesta básica tem queda de preços em Goiânia

A Análise da Pesquisa Nacional de Preços da Cesta Básica de Alimentos para o período de agosto de 2025, realizada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), apontou que o custo da cesta caiu em 24 das 27 capitais, inclusive em Goiânia, com variação de -2,21% e queda no valor do preço de 9 dos 13 alimentos avaliados. Em agosto, a cesta saía por R$ 718,94 na capital goiana.

O destaque foi para o tomate, que apresentou queda de 21,70%, seguido pela batata (-10,32%), pelo o açúcar cristal (-2,97%), pela manteiga (-2,7%) e pelo café em pó (-1,67%). Feijão carioca (-1,37%), o arroz agulhinha (-0,8%) e a carne bovina de primeira (-0,56%) também tiveram redução. Por fim, a farinha de trigo (-0,28%) completa a lista dos produtos com queda de preço.

Entre dezembro de 2024 e agosto de 2025, oito produtos registraram queda em Goiânia, com destaque sendo as maiores reduções no preço da batata (-27,97%) e do arroz agulhinha (-27,06%). Completam a lista: feijão carioca (-11,74%), óleo de soja (-9,2%), açúcar cristal (-8,62%), carne bovina de primeira (-5,86%), banana (-5,67%) e manteiga (-3,45%).

Já no acumulado dos últimos 12 meses, sete produtos em Goiânia apresentaram redução: batata (-42,32%), arroz agulhinha (-25,3%), feijão carioca (-17,77%), banana (-6,17%), açúcar cristal (-5,77%), farinha de trigo (-2,44%) e leite integral (-0,94%).

“A queda pode significar um pequeno alívio no bolso do consumidor em alimentação, que é o grupo de produtos que mais costuma impactar a renda mensal das famílias brasileiras”

“A queda pode significar um pequeno alívio no bolso do consumidor em alimentação, que é o grupo de produtos que mais costuma impactar a renda mensal das famílias brasileiras. Ainda que a redução seja positiva, é importante pontuar que algumas das variações nos preços, consideradas em relação ao salário mínimo vigente no período da pesquisa (R$ 1518), ocorreram quando comparado com o mês anterior”, pontua o economista Lucas Marin. “O que implica dizer que, apesar das reduções em relação aos meses anteriores, ainda encareceram quando comparados com o mesmo período no ano de 2024. Logo, essas quedas de preço tendem a impactar mais os consumidores que não desistiram de consumir produtos que encareceram ao longo do ano”, completa.

O economista destaca que o preço da alimentação é o que mais costuma pesar na renda. Em Goiás, mesmo com as variações negativas, o valor que as famílias gastam com comida tende a ser a média da renda domiciliar, às vezes até um pouco mais. Por isso, Marin pontua que a queda de preços sinaliza um bom momento para comprar o que for possível em quantidade. “Ainda que as variações tenham sido em nível nacional, representam apenas alívios momentâneos para os consumidores. Especialmente para os trabalhadores de menor renda, que tendem a aumentar o consumo frente à maior disponibilidade de recursos. Dessa forma, aproveitar para comprar os produtos com as maiores quedas (mensais e no acumulado de 12 meses) é a melhor tática para quem quer tirar o maior proveito dessa situação”, finaliza.