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por Equipe do Observatório

Pessoas com deficiência têm menor renda e menos acesso ao emprego

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que pessoas com deficiência (PCD) têm menor acesso ao emprego, à educação e menor renda. Segundo levantamento do próprio IBGE, o Brasil possui cerca de 18,6 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência , cerca de 8,9% da população, porém 47,2% delas têm mais de 60 anos.

O analfabetismo para as PCDs é de 19,5%, muito superior à taxa de 4,1% da população geral. Além disso, apenas 25,6% delas concluíram o Ensino Médio, contra 57,3% das pessoas sem deficiência.

“Isso indica uma perda muito grande na economia na parte das pessoas economicamente ativas”

No trabalho, apenas 29,2% das PCDs participam do mercado de trabalho e o nível de ocupação é de 26,6% contra 60,7% da população geral. Além disso, a maioria das PCDs (55%) que trabalha está na informalidade contra 38,7% entre as pessoas sem deficiência. Por fim, a diferença na renda média entre pessoas ocupadas é de R$ 1.860 para PCDs e R$ 2.690 para as sem deficiência.

“Isso indica uma perda muito grande na economia na parte das pessoas economicamente ativas, a força de trabalho é pequena, e com a baixa escolaridade, a pesquisa também demonstra uma qualificação um pouco precária”, avalia o economista Diego Dias.

Ele avalia que o caminho para mudar essa realidade é por meio de políticas públicas eficientes. “Ou seja, investimento em mais acessibilidade nas escolas, principalmente no Ensino Médio e nas universidades. Maior acessibilidade no transporte público, que ainda é muito tímido, essas pessoas precisam poder ir e voltar da escola e do trabalho”, sugere.

Fonte: IBGE

Segundo a pesquisa, a maior dificildade relatada pelos entrevistados foi a de subir escadas. Então também é importante melhorar a acessibilidade nos próprios locais de trabalho para que estas pessoas possam ser incluídas.

“Essas medidas trariam um benefício muito grande de empregabilidade pra essa população e para sua qualificação e consequentemente se terá mais pessoas no mercado”, completa Dias.