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por Equipe do Observatório

Pessoas com ensino médio completo ocuparam 65% das novas vagas de emprego em Goiás em 2024

No primeiro trimestre de 2024, dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) revelaram que a maior parte das novas contratações em Goiás foram de pessoas com ensino médio completo. Das 43.679 novas vagas geradas no período, 28.814 foram ocupadas por pessoas com este nível de escolaridade. Isso representa cerca de 65% do total de vagas.

Em segundo lugar aparece pessoas com ensino médio incompleto: ocuparam 2.752 das novas vagas, cerca de 6%. A demanda por graduados no ensino superior permanece próxima: 2.686 vagas de nível superior completo preenchidas neste período, também perto de 6% do total.

“Um país com política industrial e de inovação necessita das diversas formações”

Quanto à escolaridade, os números de Goiás acompanham os nacionais, com uma demanda maior concentrada em vagas de nível médio completo, entre 64% e 65% do total, com a formação superior completa representando cerca de 10%.

“O que nós temos é que o diploma continua sendo importante para a ascensão social em termos de melhores oportunidades e empregos, contudo, não parece estar havendo o mesmo retorno e realização auferidos pelas gerações anteriores”, avalia o economista Everton Rosa.

“O mercado de trabalho absorve os recém-formados com salários que são melhores do que para os demais, mas aquém do que seria esperado no passado. Esse é um problema dinâmico e reflete a carência para a absorção dos ‘cérebros’”, completa.

Saldo por escolaridade em março nas contratações em Goiás

Ensino técnico
Os Colégios Tecnológicos do Estado de Goiás (Cotecs) estão presentes em 17 municípios goianos e oferece diversos cursos presenciais e à distância além de trilhas formativas com eixos tecnológicos diversos como produção cultural, gestão, segurança, infraestrutura e muito mais. São oferecidos cursos de capacitação de até 80 horas; de qualificação de até 240 horas e técnicos de até dois anos.

O economista avalia que o ensino técnico tem um papel importante nessa questão dinâmica, seja ele feito à parte ou junto ao ensino médio, por oferecer um caminho alternativo e abrir um leque de possibilidades. “Um país com política industrial e de inovação necessita das diversas formações. Para muitos jovens a formação técnica pode ser vista com mais acessível financeiramente ou próxima à sua realidade econômica, pois é difícil o jovem buscar a formação universitária sem incentivo da própria família, amigos e comunidade”, salienta.

Saiba mais no site do Cotec.