Depois de se tornar o sistema de pagamento mais utilizado pelos brasileiros, o Pix agora é o principal meio de pagamento a microempreendedores individuais (MEI), segundo pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados mostram que 52% dos MEI consideraram a modalidade como o principal meio para receber pagamentos.
Isso se dá por alguns motivos sendo os principais deles reduzir custos e receber o pagamento na hora, colocando à categoria como preferencial acima de boletos, transferências e do cartão de crédito.
“O MEI geralmente tem um negócio muito pequeno, e ao receber pelo Pix ele já está com dinheiro na mão para pagar seus fornecedores, por exemplo”
“O Pix não é tarifado e tem a instantaneidade. O MEI geralmente tem um negócio muito pequeno, e ao receber pelo Pix ele já está com dinheiro na mão para pagar seus fornecedores, por exemplo”, explica o economista Diego Dias. Segundo o economista, na prática o Pix substituiu as pequenas transações feitas em dinheiro no dia a dia e além da agilidade também eliminou a necessidade do troco.
Já para as micro e pequenas empresas, que faturam de R$ 82 mil a R$ 4,8 milhões por ano, o cartão de crédito ainda tem grande destaque, empatado com o Pix: para 27% elas são o principal meio de recebimento.
Entre os negócios um pouco maiores, o economista salienta que essas aderência não é maior entre micro e pequenas empresas por estas já apresentarem outro tipo de necessidade. “Nelas, a aderência ao cartão de crédito ainda é maior. Com aquisições maiores, é mais interessante para essas empresas poderem parcelar e comprar no crédito, com prazo pra pagar”, diz Dias.
A mesma lógica se aplica ao consumidor comum: se o Pix é usado para gastos cotidianos, o cartão acaba reservado para compras maiores, a prazo, e de maior valor, como veículos, eletrônicos e eletrodomésticos. Segundo o Banco Central, quase R$ 2 bilhões foram movimentados pelo Pix desde a sua implementação em junho de 2021.