O Levantamento Sistemático de Produção Agrícola (LSPA) divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que o agronegócio continua forte em Goiás e com perspectiva de crescimento em 2024. A participação do estado na produção de grãos representa 10,6% do total do país, número que coloca Goiás em 4º lugar no ranking nacional, atrás apenas de Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul.
Segundo os dados, ao menos seis culturas devem produzir uma safra maior este ano do que no ano passado. O principal aumento deve ser notado no sorgo (5,8%) e no tomate (27,1%), cultura na qual o estado é o maior produtor do Brasil. O IBGE também prevê aumento na safra de arroz (7,2%), feijão (4,7%), girassol (15%) e mandioca (4,1%). A previsão é de uma colheita de 31,72 milhões de toneladas, em uma área de 7,37 milhões de hectares.
“O sucesso da produção agrícola depende de políticas fiscais de incentivo e crédito subsidiado”
“Os números, embora ainda estejam abaixo do resultado do ano anterior, são um bom sinal a melhora das estimativas e expectativas”, aponta a economista Heloísa Borges. “Além das questões climáticas e de comércio exterior, o sucesso da produção agrícola depende de políticas fiscais de incentivo e crédito subsidiado para que os produtores realizem investimento e continuem contribuindo com a geração de emprego e renda e com a manutenção da balança comercial positiva”, completa.
Ela menciona o fato de que o setor atingiu a marca de 1 milhão de trabalhadores em Goiás no final de 2023 e também políticas de estado para fomentar o agro, como o Projeto de Lei n° 374/2024 que visa estabelecer benefício fiscal para os estabelecimentos industriais que produzem etanol hidratado combustível no estado de Goiás e que foi aprovado na Assembleia Legislativa em abril.