Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), a reformulação do Programa Bolsa Família retirou da linha da pobreza 18,5 milhões de famílias. O fortalecimento do programa de transferência de renda integra o Plano Brasil Sem Fome, buscando retirar o país do Mapa da Fome até 2030.
Para o economista Cleyzer Adrian da Cunha, os dados apontam que o plano até agora tem dado certo, não apenas para mitigar a fome, mas para combater a pobreza e estimular a inclusão socioeconômica dos mais pobres.
“É uma política social relevante para o Brasil, sobretudo para os mais vulneráveis que são as mulheres, as crianças, os idosos”
“É uma política social relevante para o Brasil, sobretudo para os mais vulneráveis que são as mulheres, as crianças, os idosos. Por isso destacamos o acerto do governo em relação ao Bolsa Família. Estes grupos citados são os que mais são atingidos pelo Mapa da Fome e da insegurança alimentar”, comenta.
O relatório mais recente recente da FAO, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, mostra que 70,3 milhões de pessoas estavam em 2022 estado de insegurança alimentar moderada no Brasil e que 21,1 milhões de pessoas no país estavam em insegurança alimentar grave em 2022.
Cleyzer avalia que o cenário ideal envolve restaurar de fato a renda e o poder de consumo da população, algo que só será atingido se integrado a outros projetos sociais e de incentivo à economia. “O ideal é voltar aos anos de 2014/2015, onde se teve crescimento econômico, aumento da massa salarial e dos empregos de forma geral. Na minha opinião este segue o caminho correto com a reestruturação das políticas sociais, com o novo arcabouço fiscal e a reforma tributária por conta peso dos impostos indiretos sobre o consumo de gêneros alimentícios”, avalia Cleyzer.