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por Equipe do Observatório

Renda média em Goiás permanece acima da nacional e atividade econômica aumenta

A renda média em Goiás ficou acima da nacional pelo segundo trimestre consecutivo, reforçando a tendência em 2023, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Brasil obteve rendimento médio de R$ 2.921 e Goiás obteve R$ 2.969. Em relação ao trimestre anterior, ambos os dados subiram: o Rendimento Médio Habitual nacional foi de R$ 2.880 e em Goiás foi de R$ 2.898, o que por sua vez já era 12% superior a 2022.

Os dados do segundo semestre confirmam uma tendência em 2023 de ampliação do consumo e aquecimento da economia no Estado, principalmente no setor de serviços, em especial no turismo, que segue aquecido no Estado, com um crescimento acumulado superior a 10%. Ainda segundo o IBGE, este reforço no poder de compra veio, também, de uma ampliação no emprego.

“A atração de novos investimentos e a intensidade da atividade econômica cria um ciclo virtuoso em relação ao emprego e renda”

O Estado encerrou o segundo trimestre com 3,7 milhões de goianos empregados, com uma taxa de desemprego de 6,2%, a segunda taxa de ocupação mais alta desde o início da série histórica iniciada em 2012. Isto se refletiu, também, no aquecimento da economia: segundo o Índice de Atividade Econômica (IBCR) divulgado pelo Banco Central (BC), Goiás teve o terceiro maior crescimento em junho, com ampliação de 5,13% nas atividades econômicas.

No acumulado do ano, o crescimento foi de 3,51%. O setor de serviços em Goiás teve alta de 8,3% no primeiro semestre do ano. Em junho, a alta foi puxada pelo aumento de 16,4% no setor de transportes, enquanto o turismo teve avanço de 5,1% no semestre, ainda segundo o IBGE. Segundo o economista Felipe Cordeiro, alguns fatores contribuíram para isso e que mostram o aquecimento do cenário: “Fomos o quarto Estado com maior crescimento populacional segundo o Censo 2022. Além disso, o governo reformulou o programa de isenção fiscal pra atrair novos investimentos, o ProGoiás e esse ano já entrou R$ 300 milhões de investimento principalmente na agroindústria no interior do Estado”.

Fonte: IBGE

E os novos investimentos também estão em Goiânia: “Na capital, a gente vê uma expansão imobiliária intensa, com um aumento das vendas de 9% esse ano e aumento médio do valor dos imóveis de 23%. São indícios de intensidade da atividade econômica no Estado, o que explica um crescimento acima da média nacional”, explica Cordeiro. “A atração de novos investimentos e a intensidade da atividade econômica cria um ciclo virtuoso em relação ao emprego e renda”, completa.