Dados do Censo 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que a região Centro-Oeste é a que possui renda média mensal mais alta entre os trabalhadores brasileiros, de R$ 3.292. A renda média nacional é de R$ 2.851 e Goiás individualmente também a supera, com a média em R$ 2.859. A mais alta do país está aqui do lado, no Distrito Federal, com R$ 4.715.
Para o economista Luiz Ongaratto, alguns fatores contribuíram para a elevação do Centro-Oeste e de Goiás neste gráfico, como por exemplo o desenvolvimento do setor agroindustrial na região. “Tivemos no período avaliado um agronegócio muito forte. Conseguimos com isso ter uma renda atrelada ao agro oriunda não somente das atividades diretamente ligadas, mas também com a parte de suporte, como máquinas, equipamentos, serviços e tecnologia”, pontua.
“Esses vínculos trabalhistas também vão mostrar que há uma dependência menor de programas de transferência de renda, com um rendimento superior aos demais Estados”
Outro fator foi a estabilização e geração de empregos formais na retomada econômica pós-pandemia: “Esses vínculos trabalhistas também vão mostrar que há uma dependência menor de programas de transferência de renda, com um rendimento superior aos demais Estados”. Um outro fator foram os investimentos na região em polos produtivos, em logística e em infraestrutura do Estado.
Ongaratto destaca ainda o crescimento do setor de serviços, com atividades mais qualificadas que geram melhores rendimentos. Apenas em 2022, ano do Censo, o setor gerou 47.067 novos empregos no Estado, do total de 87.459 novos postos de trabalhos criados. “Em regiões mais pobres, temos mais informalidade, atividades de baixa rentabilidade e pouca produtividade”, pontua.
