O Brasil teve o maior faturamento para um mês de maio desde 2014 no turismo segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), somando R$ 36,1 bilhões, um aumento de 8,6% em relação ao mesmo mês do ano passado e de 4% na comparação com abril deste ano.
O crescimento do setor reforça uma tendência que já havia começado a ser observada desde o início do ano, inclusive em Goiás: em fevereiro deste ano, o Instituto Mauro Borges (IMB) havia registrado um aumento de 22,3% no setor em relação ao mesmo período do ano passado.
“Mesmo aumentando o turismo estrangeiro, ainda assim o Brasil pode ficar muito bem colocado no turismo nacional”
Segundo especialistas, os números mostram uma retomada efetiva do setor após a pandemia de covid-19 e o crescimento deve se manter pelos próximos meses. “[A retomada do turismo] é uma demanda que a gente já vem acompanhando há bastante tempo.Está retornando aos níveis pré-pandêmcos e ao mesmo tempo isso isso gera uma demanda represada. Tanto é que os índices de inflação que controlam apenas o setor de turismo estão bem maiores do que os outros lugares porque está tendo essa correção de preços”, diz o economista Pedro Ramos.
E esta retomada teve um impacto positivo na geração de empregos. Foram criadas 64,2 mil vagas de emprego no turismo entre janeiro e maio, sendo 9,6 mil postos preenchidos só em maio, segundo a CNC, que estipula que mais 101,6 mil vagas sejam geradas até o final do ano. Ainda segundo o levantamento da confederação, bares e restaurantes cresceram 10,9% e serviços culturais 11,5%.
“A gente tem que ver como que vai reagir nos próximos meses porque com a queda forte do câmbio que está acontecendo, talvez fique um pouco mais acessível ir para o exterior, o que pode enfraquecer um pouco o turismo nacional, mas realmente com essa demanda que estava segurada, ao longo do tempo, mesmo aumentando o turismo estrangeiro, ainda assim o Brasil pode ficar muito bem colocado no turismo nacional”, completa Ramos.