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por Equipe do Observatório

Superávit comercial em Goiás gera emprego e renda para a população

A Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC) divulgou que Goiás exportou US$ 6,33 bilhões no primeiro semestre de 2024, o 8º maior valor entre os estados e o 2º entre as unidades federativas que compõem o Consórcio Brasil Central (atrás de Mato Grosso), cerca de 3,95% das exportações brasileiras no ano. As importações no mesmo período atingiram US$ 2,69 bilhões, configurando um superávit de US$ 3,64 bilhões no acumulado do ano.

A China foi o destino de 52% das exportações goianas, seguida pelos EUA (2,8%) e a Indonésia (2,7%). O principal produto vendido foi a soja (50%) e a carne bovina (12%).

“Nós temos uma elevação da média de ganhos da população, que no caso seria também a média de renda per capita, fazendo com que haja um maior poder de compra das famílias e aquecendo o que nós chamamos de varejo direto”

O economista Renato Ribeiro avalia que esta balança comercial favorável contribui para a geração de emprego e renda: “em função, principalmente dessa exportação representar um acúmulo de renda no nosso estado e também a geração de mais postos de trabalho, visto que a indústria vai estar aquecida e vai precisar de mais mão de obra, gerando empregos tanto diretos como indiretos, porque fortalece a expectativa das economias municipais e também da expectativa das economias que são o que nós chamamos de aspectos microeconômicos dentro daquela região, dos bairros, etc”, pontua.

Desta forma, “nós temos uma elevação da média de ganhos da população, que no caso seria também a média de renda per capita, fazendo com que haja um maior poder de compra das famílias e aquecendo o que nós chamamos de varejo direto”, explica.

Todos esses fatores influenciam diretamente no aumento da riqueza desses municípios, o que gera uma maior arrecadação frente a tributos, taxas e contribuições. Essa arrecadação volta para o estado e para os municípios em forma de benefícios em segurança pública, saúde, educação, infraestrutura.

Assim, há uma melhor expectativa de renda e uma melhor expectativa de consumo, de arrecadação, e de desenvolvimento socioeconômico. “Se as famílias têm maior poder de compra, então elas têm acesso a uma moradia melhor, uma melhor qualidade de vida, melhores produtos, melhores serviços”, aponta Renato.

“Goiás tem uma tendência à prosperidade maior e mais elevada do que os outros estados do país que apresentaram resultados inferiores. Então sempre que o superávit acontece é um fator bastante positivo e um fator para que a gente possa de fato se orgulhar. O nosso estado terá acesso a melhor infraestrutura e também a qualidade de vida, o que é excelente para a população e consequentemente para o estado”, finaliza.