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por Equipe do Observatório

Tempo de procura por um novo emprego cai no Brasil

O tempo gasto pelo trabalhador em busca de um novo emprego caiu 10% no primeiro trimestre de 2024 no Brasil, segundo levantamento da Pesquisas por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados também apontaram um aumento na oferta de novos empregos e também no rendimento médio dos salários.

Em Goiás, este fenômeno foi corroborado ao registrar a menor taxa de desemprego em 11 anos no segundo trimestre de 2024, atingindo 5,2%: um recuo de 0,9% em relação ao primeiro trimestre de 2024, quando a taxa ficou em 5,6%. O Estado também bateu o próprio recorde de pessoas empregadas: 3,872 milhões, aumento de 2,9% em relação ao segundo trimestre do ano passado. Ao final de 2023 o Estado, já registrava a menor taxa de desemprego de longo prazo do Brasil.

“O desemprego começa a deixar de ser por falta de vagas e passa a ser por questões pontuais como a busca do trabalhador por melhores postos de trabalho e melhores remunerações”

“Essa redução do tempo de espera na procura por emprego segue na esteira da redução do desemprego ao longo dos últimos meses. Com a economia aquecida, inclusive setores com dificuldade de contratação por falta de mão de obra, como na construção civil, observa-se um aumento médio do valor dessa mão de obra pela limitação da disponibilidade. Em um cenário assim, o desemprego começa a deixar de ser por falta de vagas e passa a ser por questões pontuais como a busca do trabalhador por melhores postos de trabalho e melhores remunerações”, avalia o economista Felipe Cordeiro. “Assim, o giro de vagas fica mais dinâmico, o que gera mais possibilidades de vagas, logo, menos espera para quem esta buscando uma oportunidade de trabalho”, completa.

O que define se esse cenário vai se manter sãos as projeções futuras de variáveis que possam impactar a atividade econômica como juros em equilíbrio e inflação controlada. “No mais, é importante que o governo siga fazendo uma boa execução do orçamento com boas políticas públicas e sociais, pois esses gastos, se bem aplicados, são fundamentais para manter a atividade econômica aquecida”, finaliza o economista.