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por Equipe do Observatório

Varejo em Goiás cresce pelo 8º mês seguido e expectativas permanecem boas para o fim de ano

O comércio varejista em Goiás cresceu pelo oitavo mês consecutivo em julho de 2024, segundo dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrando alta de 7,9%, quando comparado ao mesmo mês de 2023. O aquecimento desta vez foi registrado na venda de livros, jornais, revistas e papelaria (27,5%), seguido por artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (26,8%).

Na comparação entre junho e julho deste ano, o crescimento foi de 1,2%. Segundo o Instituto Mauro Borges (IMB), o volume de vendas acumulado no ano avançou 6,3% e 4,1% em 12 meses. Já o varejo ampliado registrou a 10ª alta seguida, com aumento de 17,2% em julho deste ano em relação ao mesmo mês do ano passado. O avanço acumulado no ano é de 12,7% e, nos últimos 12 meses, de 8%, com atuação forte do setor de veículos, motocicletas e peças automotivas.

“Isso significa que as pessoas estão com mais dinheiro no bolso e consumindo mais”

Segundo o economista João Pedro Bueno de Oliveira, o aquecimento geral da economia goiana, com avanços expressivos no PIB e mais de 70 mil empregos gerados neste ano, contribuem de maneira significativa para este avanço em vendas. “Isso significa que as pessoas estão com mais dinheiro no bolso e consumindo mais. Os setores farmacêuticos e de cosmético têm se destacado, assim como as livrarias e papelarias que também vivenciam um bom momento, isso impulsionado pela retomada das atividades escolares e até pelo interesse da população mesmo por conhecimento e cultura”, ressalta.

E um comércio forte gera mais empregos em movimento da economia local. Ao seu ver, a inflação e o aumento de 0,5% na taxa de juros trazem alguns fatores de imprevisibilidade para os próximos meses, mas não o suficiente para ameaçar as vendas de fim de ano. “O último trimestre do ano costuma ser um período de alta no consumo, isso já é cultural. Com o nível de atividade da economia goiana aliada com essas perspectivas de mercado, acredito que Goiás tem grandes chances de superar os números do ano passado”, avalia.

Marcelo Baiocchi, presidente da Fecomércio-GO, comenta que o recente aumento nas vendas do comércio varejista em Goiás se deve principalmente ao crescimento da massa salarial e à redução do desemprego. “Com mais pessoas empregadas e recebendo salários, há um aumento no consumo e na circulação de dinheiro”, resume. Ele acredita que essa tendência de crescimento deve continuar, especialmente com a proximidade de grandes datas comerciais.